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Kali Lins começou processo da mudança do corpo com hormônios há 13 anos na rede pública de saúde. Serviço é oferecido no Ambulatório Trans, que fica na 508 Sul; procedimento cirúrgico gratuito não está disponível na capital.
Kali Lins espera por cirurgia de mudança de sexo, no DF — Foto: Reprodução/TV Globo
A autônoma Kali Lins espera pelo dia em que, finalmente, vai se reconhecer no espelho. Ela é uma mulher trans e sonha com a cirurgia de redesignação sexual, o procedimento de mudança de sexo.
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Há 13 anos, a autônoma começou o processo para ter um corpo feminino e faz terapia com hormônios no Ambulatório Trans, localizado na 508 Sul, em Brasília. O serviço é oferecido pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) e atende homens e mulheres trans. O procedimento cirúrgico, no entanto, ainda não é oferecido gratuitamente na capital.
Segundo a SES-DF, o Ambulatório Trans tem médicos especializados e aconselhamento psicológico. Porém, homens e mulheres trans reclamam do serviços oferecido. Segundo Kali, faltam médicos e os hormônios necessários no tratamento não são oferecidos pela pasta.
Documento da OAB-DF pede explicações da Secretaria de Saúde sobre falta de insumos para o atendimento de pacientes trans na rede pública — Foto: Reprodução/TV Globo
Em maio, a Ordem dos Advogados do Brasil, no Distrito Federal (OAB-DF) enviou um ofício à Secretaria de Saúde do DF cobrando explicações sobre a falta de insumos e a dificuldade dos pacientes para continuar o tratamento no Ambulatório Trans.
A presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-DF, Cíntia Cecílio destaca que o ambulatório não consegue fazer o acolhimento suficiente, "porque são poucos funcionários e acaba sendo só um serviço de acolhimento".
Segundo a OAB-DF, só é possível operar em outro estados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com decisão judicial, porque o GDF não encaminha os pacientes para cirurgia.
Gizela da Silva sonha em fazer a cirurgia de redesignação sexual, no DF — Foto: Reprodução/TV Globo
Há 4 anos, a assistente social Gizela da Silva sonha em fazer a cirurgia de redesignação sexual, mas ainda não teve respostas da Secretaria de Saúde do DF.
Para o defensor público, Ronan Ferreira, a Secretaria de Saúde do DF é negligente no atendimento à pessoa trans. Ele defende que a cirurgia "é questão de autoconhecimento e identidade".
O que diz a Secretaria de Saúde do DF
A Secretaria de Saúde informou que o Ambulatório Trans tem uma equipe multidisciplinar que conta com endocrinologistas, urologistas, dermatologistas, psicólogos e fonoaudiólogos. A pasta afirmou que oferece o tratamento hormonal para quem deseja mudar de sexo e que "apenas o que não está incluído nos serviços são as cirurgias".
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