Os militares transgénero vão ser expulsos das forças armadas dos Estados Unidos da América a não ser que recebam uma autorização especial para continuar ao serviço.
A medida foi anunciada na quarta-feira num memorando do Pentágono, citado pela agência France-Presse, que traz novas regras para a comunidade LGBT+ no exército.
“Os militares que tenham um diagnóstico ou historial de disforia de género, ou que apresentem sintomas consistentes com disforia de género, serão afastados do serviço ativo.”
O memorando, divulgado na quarta-feira, surge no âmbito deste processo e revela que as pessoas transgénero que já estão no exército vão ser expulsas também.
De acordo com o documento, as isenções serão concedidas "caso a caso", sempre que haja um "interesse imperioso" do Governo dos Estados Unidos em manter certos membros do exército.
Para obter a isenção, os interessados terão de provar que nunca tentaram mudar de sexo e que passaram "36 meses consecutivos numa situação estável", nomeadamente em termos sociais e profissionais.
Também no recrutamento poderão ser concedidas isenções, quando exista um "interesse público imperioso".
As novas medidas deverão entrar em vigor dentro de 30 dias.
A inclusão de militares 'trans' foi permitida a partir de 2016, durante o segundo mandato do democrata Barack Obama. Mas esta decisão foi 'sol de pouca dura' e, em 2019, Donald Trump voltou atrás e anulou a medida, depois de uma longa batalha legal resolvida pelo Supremo Tribunal.
No entanto, assim que tomou posse em 2021, Joe Biden restabeleceu a autorização.