Mês do Orgulho LGBTQIA+: saiba o que cada letra significa e quais as suas bandeiras - OitoMeia

3 years ago 1016
ARTICLE AD BOX

Em junho é comemorado o mês do orgulho LGBTQIA+ e, durante todo o período, ocorre a mobilização em torno da representatividade, com eventos e paradas em todo o mundo. O movimento político e social luta por maior igualdade e respeito à diversidade dentro da população.

A sigla já passou por diversas modificações ao longo do tempo, sempre buscando agregar cada vez mais as diversas minorias sexuais e de gênero. O termo GLS foi usado em 1994, referente ao acrônimo de gays, lésbicas e simpatizantes, que representavam as pessoas heterossexuais que apoiavam o movimento. Seu objetivo inicial era puramente mercadológico.

Parada do Orgulho LGBTQIA+ (Foto: Reprodução)

Em 2008 a sigla se expandiu e foi oficialmente substituída, tornando-se então a mais conhecida: LGBT. A sigla já era utilizada nos Estados Unidos e o público sentiu a necessidade de aproximar as culturas.

Atualmente, com o objetivo de acolher cada vez mais pessoas, o termo alongou-se e é representado por LGBTQIA+, que se refere a população lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e intersexual. O último caractere foi pensado para incluir todas as pessoas que não se enquadram nas demais letras, além de não se sentirem parte da comunidade hétero e cisgênero.

REVOLTA DE STONEWALL

A rebelião ocorreu na manhã de 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos. As manifestações foram violentas e espontâneas, contando com membros da comunidade LGBTQIA+  contra uma invasão da polícia. Poucos estabelecimentos recebiam pessoas abertamente homossexuais nos anos 1950 e 1960.

Na época, o Stonewall Inn era propriedade do grupo mafioso Cosa Nostra Americana e recebia uma grande variedade de clientes marginalizadas da comunidade LGBTQIA+.  Os motins são considerados como o evento mais importante e que levou ao movimento moderno de libertação gay e à luta pelos direitos da comunidade no país.

A Rebelião de Stonewall (Foto: Reprodução)

SAIBA O QUE CADA LETRA SIGNIFICA E SUAS BANDEIRAS

Segundo o Manual de Comunicação LGBTI+, que foi elaborado pela Aliança Nacional LGBTI+.

Orgulho LGBTI+

Representa a diversidade humana.

Bandeira do Orgulho LGBTI+ (Foto: Reprodução)

Lésbicas

Mulheres que sentem atração sexual e afetiva por outras mulheres. Os símbolos que representa o orgulho lésbico são: signos de mulher entrelaçados, triângulo preto e Labrys.

Símbolos lésbicos (Foto: Reprodução/ Montagem)

A bandeira passou por diversas modificações durante os anos. A primeira, criada em 1999, possui os símbolos que representam a história da luta de lésbicas. Já em 2017 outra bandeira foi criada em tons de rosa e laranja, entretanto, nem todas as mulheres lésbicas se sentem representadas por ela. Não há uma oficial, segundo o Manual de Comunicação LGBTI+.

Bandeiras Lésbicas (Foto: Reprodução/ Montagem)

Bandeira Gay

Homens que sentem atração sexual e afetiva por outros homens. A bandeira gay também sofreram alterações, a primeira foi criada por Ian Blázquez e a segunda por gayflagblog com base na bandeira de APCS. Não há uma oficial, segundo o Manual de Comunicação LGBTI+.

Bandeiras Gays (Foto: Reprodução/ Montagem)

Orgulho Bissexual

Pessoas que sentem atração sexual e afetiva por pessoas de seu gênero e de outros. A bandeira foi criada por Michael Page em 1998 e explicou as cores como:

“A chave para compreender o simbolismo da bandeira do orgulho BI é saber que a faixa roxa cria uma transição suave entre as faixas rosa e azul, assim como no ‘mundo real’ os bissexuais se misturam suavemente tanto com as comunidades gays e lésbicas como comas comunidades heterossexuais”.

Bandeira Bissexual (Foto: Reprodução)

Orgulho das Pessoas Trans

Pessoas que assumem o gênero oposto ao de seu nascimento. A bandeira foi criada em 1999 por Monica Helm, as faixas azul claro representam a cor tradicional dos bebês homens, e as faixas em rosa claro representam a cor tradicional para bebês mulheres. As faixas brancas representam aqueles que são intersexo, estão em transição ou que se identificam com o gênero neutro ou não têm gênero definido.

Bandeira Trans (Foto: Reprodução)

Orgulho Queer e Não-Binário

Termo para quem não se vê no binômio feminino ou masculino e exibe características de um, de ambos ou nenhum,  aquelas que transitam entre as noções de gênero. Não há uma oficial, segundo o Manual de Comunicação LGBTI+. A bandeira foi criada por Marilyn Roxie em 2010 e consolidada em 2012, a faixa lavanda representa pessoas andróginas e a androginia, a faixa branca representa a neutralidade de gênero, e o verde representa identidades que se definem para além ou sem qualquer referência ao sistema binário de gênero (homem e mulher), segundo o Manual de Comunicação LGBTI+.

Bandeira Queer (Foto: Reprodução)

Orgulho Intersexo

A pessoa intersexo possuem características sexuais biológicas não associadas tradicionalmente a corpos femininos ou masculinos, que não se adequam à forma binária de nascença. A bandeira foi criada em 2013, pela Organização Internacional Intersexo(Austrália).

“O círculo não tem quebras ou ornamentos, representando a inteireza e a completude, e nossas potencialidades. Nós ainda lutamos por autonomia corporal e integridade genital, e isso simboliza o direito de sermos quem e como nós quisermos.” 

Bandeira Intersexo (Foto: Reprodução)

Orgulho Assexual

Assexuais sentem pouca ou nenhuma atração sexual por outras pessoas, independente do gênero, não equivale à falta de atração romântica (os “arromânticos”). A bandeira foi criada em 2010 por meio da Asexual Visibility and EducationNetworl (AVEN), a faixa negra representa a assexualidade, acinza representa a área entre ser sexual e assexual, a faixa branca representa o desejo sexual, e a faixa roxa representa a comunidade.

Bandeira Assexual (Foto: Reprodução)

Orgulho Pansexual

Pessoas que sentem atração por todas as identidades de gênero. A faixa azul representa a atração por homens, a faixa rosa representa a atração por mulheres, e o amarelo representa a atração por pessoas que se identificam como sem gênero, de ambos os gênero sou de um terceiro gênero.

Bandeira Pansexual (Foto: Reprodução)

SEXUALIDADE E GÊNERO

  • Sexualidade: As definições atuais da sexualidade abarcam, nas ciências sociais, significados, ideias, desejos, sensações, emoções, experiências, condutas, proibições, modelos e fantasias que são configurados de modos diverso sem diferentes contextos sociais e períodos históricos.
  • Gênero: Foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, levando em consideração, no entanto, que a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura.

LGBTQFOBIA

A sigla trata do ódio ou a rejeição às pessoas que pertencem a essa comunidade. No dia 19 de junho de 2019 foi criminalizado essa prática, através de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou que a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero seria um crime.

Nos últimos seis anos o número de países que criminalizam relações LGBT+ aumentou. Segundo o relatório da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga World), cerca de 67 nações, especialmente na África e na Ásia (um terço dos países-membros das Nações Unidas) têm leis que perseguem gays com prisão ou até mesmo a morte. Em 2017, 72 países ainda criminalizam a homossexualidade, sendo que em oito deles, a punição é a pena de morte. Veja o mapa.

Leis sobre orientação sexual (Foto: Reprodução)

ALGUMAS DÚVIDAS DE COMO LIDAR COM QUESTÕES LGBTI+

As perguntas foram pautadas e respondidas no Manual da Comunicação LGBTI.

  • Duas pessoas do mesmo sexo/gênero podem demonstrar carinho em público?

Podem, da mesma forma que casais de sexos/gêneros diferentes também. Expressar afeto em público é um direito de todas e todos e as leis são aplicadas de forma igualitária.

  • Como devo reagir a piadas sobre pessoas LGBTI+?

Piadas podem multiplicar comportamentos, reforçando preconceitos e por isso devem ser evitadas. Caso presencie, ajude o colega a refletir sobre o que foi dito, por meio d diálogo

  • No documento diz que é Maria, mas a pessoa se apresenta como João. Como devo chamá-la?

O nome que ela usar para se apresentar deve ser o nome pelo qual será chamada, isso é denominado Nome Social.

  • Pode-se usar o Nome Social no crachá, email ou qualquer divulgação pública do nome?

Sim, o nome social reflete o gênero pelo qual a pessoa ser e conhece e deve ser respeitado.

  • Qual banheiro a pessoa trans deve usar?

Se a pessoa se apresenta e se identifica como mulher, deve usar o banheiro feminino, se a pessoa se apresenta e se identifica como homem, deve usar o banheiro masculino .

DATAS DA COMUNIDADE LGBTQIA+

  • 29 de janeiro: Dia da Visibilidade Travesti e Transexual;
  • 15 de maio: Dia do Orgulho de Ser Travesti e Transexual: “Resistir para (re)existir”;
  • 17 de maio: Dia de Combate à LGBTIfobia;
  • 28 de junho: Dia do Orgulho LGBTI+;
  • 29 de agosto: Dia da Visibilidade Lésbica;
  • 23 de setembro: Dia da Visibilidade Bissexual;
  • 22 de outubro: Dia Internacional da Despatologização Trans;
  • 26 de outubro: Dia da Visibilidade Intersexual.
Leia o artigo inteiro
LEFT SIDEBAR AD

Hidden in mobile, Best for skyscrapers.