MC Trans é vítima de transfobia em hotel de dono conservador - Metrópoles

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A apresentadora e cantora Ana Vitória, conhecida como MC Trans, usou o Instagram para denunciar o tratamento transfóbico que sofreu na noite desta última quinta-feira (14/10), ao tentar fazer check-in no hotel Salto do Norte, em Blumenau (SC). A MC explicou que, ao perceber que ela era uma mulher trans, o atendente se recusou a hospedá-la.

Nas filmagens, o atendente argumentou que o dono é conservador e não aceita “isso” [transexuais ou travesti]. “Ele tem as normas dele. É um senhor de idade”, disse.


“Nós tivemos uns problemas com relação às hospedagens por parte dos clientes, pois há travestis que batem ponto perto do hotel e isso tem causado transtorno”, completou o homem que não teve a identidade revelada.

Como Blumenau está no meio da Oktoberfest, não havia vaga em nenhum outro hotel. Sem um lugar para dormir, Vitória teve que recorrer a ajuda de uma amiga que mora na cidade.

MC Trans

MC Trans foi a Blumenau, onde há clínica referência para pessoas trans, para fazer um procedimento e tratar trauma de agressão no rosto

MC Trans

Ela afirma que, ao perceber que ela era uma mulher trans, o atendente se recusou a hospedá-la

MC Trans

Num vídeo postado pela artista no Instagram, o homem diz que não pode atendê-la porque o dono do estabelecimento é "um senhor de idade" e "conservador"

MC Trans

Quando a mulher foi expulsa, todos os hotéis da cidade já estavam esgotados

Foto colorida de MC Trans- MetrópolesMC Trans

Diego Figueiredo, advogado de MC Trans, garantiu que medidas legais serão tomadas Reprodução/Instagram

Para o Uol, MC Trans afirmou que está na cidade para realizar um procedimento estético e tratar uma cicatriz no rosto que tem devido a uma agressão transfóbica que sofreu no passado: “Quando ele me viu, ele falou que não ia me hospedar. Que não tinham avisado que a Ana Vitória era uma mulher trans”.

Segundo o advogado da apresentadora do programa HERvolution, da Rede TV!, medidas legais serão tomadas.

“Minha cliente já foi orientada a registrar um boletim de ocorrência pelo crime de preconceito, a partir da lei de discriminação por raça, na modalidade transfobia. Vale lembrar que em 2019 o Supremo Tribunal Federal decidiu que transfobia é um crime enquadrado no artigo 20 da Lei do Racismo (7.716/1989), estando sujeito à punição de um a três anos de prisão, podendo chegar a 5 em casos mais graves. O crime é inafiançável e imprescritível. Além disso, o hotel poderá responder civilmente pelo abalo emocional e transtorno que causou a artista, podendo até ser condenado a pagar indenização”, disse ao portal.

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