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Maya declarou que vem sofrendo hate e críticas na internet porque é trans: "Desde antes do corpo do falecido, eu fazia vídeos contra gordofobia (...). Não acho que é só comigo Maya, são com todas nós travestis, esse hate. É um hate por ser travesti. Todas as meninas sofrem esse mesmo hate. Além desse hate de travesti, acho que também é um hate por a gente ser feliz e lutar pelos nossos ideais".
Maya cita Paolla Oliveira como pessoa que também recebe críticas só por ser feliz, segundo ela: "Por exemplo, se você entrar no Instagram da maravilhosa Paolla Oliveira, tão falando que ela saiu do posto de rainha de bateria porque está velha, está gorda. Uma mulher perfeita daquela. E ela é cisgênero. O que ela tem em comum com a gente que recebe hate? A gente é feliz, corremos atrás dos nossos sonhos e somos fortes o suficiente para lutar contra o mundo, principalmente nós mulheres trans. E isso causa indignação".
A influenciadora tentou contextualizar que suas falas recentes sobre magreza retratava um período específico da história: "Usei como exemplo cultura e classe econômica de antigamente. (...) Dei um exemplo da elite de antigamente, dos castelos, de onde veio a cultura de ser magra: as rainhas estavam ficando muito gordas porque tinham muita fartura, eles fizeram corredores muito estreitos para ir para a sala de jantar e as que não passavam não podia jantar para emagrecer. Daí teve a cultura da elite ser muito magra e dos plebeus serem mais gordos".
Ela reconhece que não faz parte da elite atualmente: "Eu não faço parte da elite, nunca falei que faço parte. Mesmo porque se isso existisse ainda, eu seria queimada viva, porque eu sou trans, eu sou travesti, meu corpo não é aceito por essa elite que eu estou falando. Além de tudo isso, a elite de hoje em dia, eu não tenho esse dinheiro que vocês acham que eu tenho, estou longe disso".
Maya Massafera reforçou seu gosto pela moda e reconheceu que o meio ainda exalta perfis de mulheres padrões magras: "Eu gosto de moda, na moda graças a Deus estão abrindo os olhos para outros tipos de corpos como o meu de trans, o de mulheres gordas, mas ainda é muito pequeno. Cerca de 90% da moda ainda é padronizada, são mulheres do mesmo perfil muito magras. Eu usei como exemplo e eu não falei o que falaram que eu estou falando".
