ARTICLE AD BOX

© Felipe Martins/Divulgação
Manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro neste sábado, na 4ª Marcha Trans & Travesti, com o tema “Independência não Morte”. O evento, realizado nos Arcos da Lapa, teve como principal objetivo denunciar e combater a violência contra pessoas trans e travestis no Brasil, país apontado como um dos mais perigosos para essa população.
A marcha busca apoio para as organizações que trabalham em defesa dos direitos da comunidade trans, muitas vezes com recursos limitados. A pauta central é a garantia e expansão dos direitos dessa população, que enfrenta diversas formas de discriminação e violência.
Segundo o coordenador-geral da Marcha, Gab Van, os corpos trans continuam sendo alvo de grupos que negam sua existência, com financiamento em escala global.
Durante o evento, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro montou um posto para oferecer serviços de retificação civil. Karyn Cruz, uma mulher transexual que procurou o serviço, ressaltou a importância de espaços como este para promover o protagonismo e a inclusão da comunidade trans na sociedade.
A atriz Frida Resende também marcou presença na marcha, celebrando o orgulho de ser uma mulher travesti. Ela destacou a importância da marcha para garantir o futuro e a existência da comunidade trans, afirmando que por muito tempo sua existência foi reprimida, e que estar na marcha representa a afirmação de sua liberdade.
Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revelam um cenário alarmante. O Dossiê “Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2024” aponta que a expectativa de vida da população trans é de apenas 35 anos, consideravelmente menor que a média nacional, que ultrapassa os 75 anos. Em 2024, a média de idade das vítimas de assassinato foi de 32 anos, sendo que a maioria das vítimas (78%) eram pessoas trans pretas e pardas, e 49% tinham entre 18 e 29 anos.
Além da retificação do nome civil oferecida pela Defensoria Pública, a Secretaria estadual de Saúde, em parceria com o ambulatório trans do Hospital Universitário Pedro Ernesto, ofereceu serviços de testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e emissão de ofícios de gratuidade para a obtenção de segunda via de documentos para casamentos e união estável.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


