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O ex-namorado de Luara Redfield, de 19 anos, encontrada morta após desaparecer em Mairinque (SP), foi a júri nesta quinta-feira (11), dois anos após o crime, no fórum da cidade.
De acordo com o Tribunal de Justiça, Jonathan Richard de Lima Moreira, de 18 anos, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado.
O jovem confessou ter matado a Luara e deixado o corpo em uma praça, no Jardim Vitória. No júri foram ouvidas cinco testemunhas, sendo quatro comuns e uma de acusação.
Luara desapareceu no dia 10 de agosto de 2020 e o corpo dela foi encontrado 12 dias depois, em estado avançado de decomposição. Jonathan foi preso em um hotel no centro de São Roque.
À polícia, o rapaz contou que havia ingerido bebida alcoólica e usado cocaína no dia 10 de agosto, quando a jovem desapareceu.
Sem dar detalhes do motivo da discussão, Jonathan disse aos policiais apenas que lembrava da namorada ter dado unhadas nele, e que ele usou as mãos para apertar o pescoço da jovem.
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Jonathan Richard, namorado da jovem transexual Luara Redfield preso suspeito de matá-la em Mairinque, fez postagem sobre o desaparecimento dela — Foto: Facebook/Reprodução
Jonathan chegou a fazer postagens em uma rede social para pedir informação sobre o desaparecimento da companheira.
A jovem havia sido vista pela última vez na praça Kiko e Chiko, em Mairinque, na companhia de Jonathan. Um dia antes da prisão e do corpo de Luara ser encontrado, o rapaz postou algumas fotos da companheira no Facebook com a frase “#ondeestaluara”.
Em outra publicação, no mesmo dia, o rapaz usou uma foto com a descrição “desaparecida” e com a descrição “#ondeestaaluara qualquer informação contatar” juntamente com alguns telefones para contato, dele e da família de Luara.
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Jonathan Richard, namorado da jovem transexual Luara Redfield preso suspeito de matá-la em Mairinque, fez postagem sobre o desaparecimento dela — Foto: Facebook/Reprodução
Na época do crime, a amiga Isabella Revelin contou ao g1 que Luara era uma jovem alegre e muito querida por todos.
“Eu nunca conheci alguém tão doce e alguém tão boa quanto ela. Mesmo quando era maltratada por ser quem era, por ser transexual, continuava firme, educada, e nunca arrumava briga.”
Nas redes sociais, a vítima recebeu diversas homenagens e muitas pessoas lamentaram o ocorrido.
“Mais um terrível crime contra o mundo LGBT que não pode se calar. Que as autoridades façam de tudo para achar os culpados dessa barbárie. Fica aqui os meus sentimentos a todos familiares”, escreveu um morador.
Segundo o pai de Luara, Luis Henrique Leandro Ferreira, a jovem era ativista e sempre incentivava as pessoas a lutar pelos seus direitos. Porém, ele afirma que ela enfrentava preconceito diariamente.
“As pessoas me falavam ‘nossa, pastor com filho transexual?’ Eu quero que vá se f**. Ninguém tem o direito de julgar ninguém. As pessoas tem que entender que enquanto houver desrespeito às diferenças, haverá guerra, morte. Ela era dedicada à causa mais que muitos que vejo na minha religião.”
Luara foi enterrada em São Paulo. No local onde seu corpo foi encontrado, familiares e amigos fizeram um memorial em homenagem à jovem.