Justiça atende pedidos de militar trans que usava máscara para evitar punição por bigode | Lauro Jardim - Globo

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Quem escreve

Lauro Jardim

Lauro Jardim

Começou no jornalismo em 1989, no Globo. Passou pelas redações de Istoé, JB e Exame. Entre 1998 e setembro de 2015, trabalhou em Veja, onde foi chefe da sucursal do Rio, redator-chefe e editor da coluna Radar desde 2000. Voltou ao Globo em 2015

João Paulo Saconi

João Paulo Saconi

Aprendeu jornalismo na UFRJ, onde hoje faz mestrado, e atua na cobertura de temas nacionais do GLOBO desde 2018. Questões políticas e jurídicas permeiam a vida de repórter, guiada pela curiosidade e amparada no entusiasmo em dialogar e escrever.

    Naira Trindade

    Naira Trindade

    Repórter de O GLOBO desde 2019. Já trabalhou no Estadão e no Correio Braziliense. Formada pela PUC Minas, está em Brasília desde 2006. Já se aventurou por coberturas de áreas da vida cotidiana e atualmente se dedica a desvendar os bastidores do poder

      Rodrigo Castro

      Rodrigo Castro

      Formado em Jornalismo pela UFRJ, onde também cursa Direito, passou pela revista Época antes de se juntar à equipe do GLOBO. Interessado por boas histórias, desde temas árduos de política e Judiciário às amenidades de esporte e cultura

      Judiciário

      Por João Paulo Saconi

      01/06/2022 16:25

      Lucas Cruz, terceiro sargento da Marinha Lucas Cruz, terceiro sargento da Marinha | Ag. O Globo

      A 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro autorizou, na última sexta-feira, o uso de roupas e corte de cabelo masculinos por um militar transexual da Marinha que afirmava estar sendo constrangido a usar máscara contra a Covid-19 para ocultar o próprio bigode, temendo ser punido por cometer uma contravenção disciplinar.

      Lucas Cruz, que é terceiro sargento do 1º Distrito Naval (RJ), vinha sendo obrigado a se vestir com trajes femininos, mesmo tendo assumido outra identidade de gênero, dentro e fora do trabalho — enquanto mulher, não poderia permanecer com bigode, podendo sofrer sanções a qualquer momento.

      Agora, por decisão liminar da juíza Maria Amélia de Carvalho, poderá se vestir como os outros homens, manter os pelos faciais e adotar o nome social, o que também vinha sendo dificultado.

      O caso de é o segundo envolvendo reivindicações de um homem trans nas Forças Armadas com desfecho desfavorável à União. Em abril, a Aeronáutica foi obrigada a fazer as mesmas concessões ao sargento Marcos Salles do Amaral. Assim como Cruz, ele é representado pela advogada Bianca Figueira, que é militar da reserva e mulher trans.

      O Judiciário seguirá analisando outros pedidos de Cruz em relação à Marinha: ele também requer uma indenização de R$ 130 mil por danos morais que afirma ter sofrido no âmbito profissional.

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