Fórum dos Leitores - Opinião - Opinião Estadão

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

Orçamento 2023

Pérolas aos porcos

A manchete de primeira página no Estadão de ontem (Corte no Farmácia Popular afeta de remédio a fralda geriátrica) e a explicação contida no texto que a acompanha (“ao elaborar o projeto de Orçamento de 2023, o governo Bolsonaro fez cortes no programa para abrir espaço ao orçamento secreto”) lembram o significado do título desta minha carta, qual seja: coisas de valor concedidas a quem não tem condições de apreciá-las, por não estar à altura delas. Pois é exatamente isso que está acontecendo. Ao governo federal não interessam os milhões de conterrâneos que estão doentes e desesperados por medicamentos que lhes são necessários para aliviar o sofrimento. O único interesse da canalha que nos governa é desviar verbas, recursos, enfim, pérolas, para alimentar os porcos que há no sistema político predominante no País. E agora, ao se aproximarem as eleições, estes políticos têm a desfaçatez de, com a maior cara de pau, vir nos pedir o voto – inclusive o voto dos milhões de brasileiros que ficarão sem remédios no ano que vem.

José Claudio Marmo Rizzo

jcmrizzo@uol.com.br

São Paulo

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Vai faltar remédio

Inaceitável o corte no orçamento do programa Farmácia Popular em benefício do orçamento secreto! Mais uma vez, o povo brasileiro vai sofrer, e muito, com a falta de remédios, enquanto os políticos não estão nem aí para este povo, só querem saber quanto vão levar em dinheiro.

Maria Virgínia Martins Faria

mvmffa@icloud.com

Botucatu

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Numa canetada

Nosso estadista Jair Bolsonaro, dando mais importância à agenda do orçamento secreto para obter apoio da politicalha no Congresso Nacional, tirou recursos de vários ministérios, deixando-os à míngua, no seu projeto de Orçamento para 2023. E a mais recente excrescência revelada é o corte de R$ 1,2 bilhão do Farmácia Popular, que vai provocar a falta de remédios e até de fraldas geriátricas para atender os brasileiros que dependem do programa. Numa só canetada, Bolsonaro reduziu em 60% os recursos destinados ao Farmácia Popular em 2023. Diante disso, é muita pretensão dele pensar em reeleição.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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Jair Bolsonaro

Arrependimento

Muito bom o artigo do advogado e jornalista Nicolau da Rocha Cavalcanti, que trata do arrependimento raso e tardio do presidente Jair Bolsonaro pelo discurso absurdo e desumano durante o pico da pandemia (Covardia e arrependimento, Estado, 14/9, A4). E não se arrependeu por grandeza – evidente que não –, mas apenas por observar o placar das pesquisas de intenção de voto. O “imbrochável” teve quatro anos para sepultar de vez um possível retorno do PT ao poder, se tivesse havido gestão de fato, uma administração reta, competente e digna, ainda que em tempos difíceis. Mas errou muito e de forma vergonhosa em quase todos os seus atos. Na verdade, até hoje Bolsonaro não se deu conta do cargo que ocupa. Agora, quem paga o pato somos nós, brasileiros, com o PT de volta e tendo de assistir ao sr. Geraldo Alckmin se prestando ao papel de vice na “cena do crime”. Haja estômago!

Rodrigo Cezar Pereira

rodrig2705@gmail.com

São Paulo

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Resignado

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se perder as eleições, vai passar a faixa e se recolher. Vá com Deus, presidente! E leve o Lula junto, porque não queremos ele também. Acorde, eleitor! A terceira via existe!

Sérgio Eckermann Passos

sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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Eleições 2022

Disputa no Estado de SP

Sobre a matéria Garcia vê hegemonia do PSDB em SP ameaçada e ataca Tarcísio e Haddad (Estado, 14/9, A6), o momento é de fortalecer o candidato que possa permitir a São Paulo o desenvolvimento e o protagonismo indispensáveis, independentemente do partido que represente. Como vice-governador, Rodrigo Garcia acompanhou situações de crise como a pandemia e seus desafios. Além de o PT escolher um quadro regular como Fernando Haddad, não faz o menor sentido a candidatura do carioca Tarcísio de Freitas para o governo de São Paulo, no jogo apenas para alavancar o “chefe” Jair Bolsonaro. Sem essa!

Maria Lucia Ruhnke Jorge

mlucia.rjorge@gmail.com

Piracicaba

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POLÍTICA DE ALDEIA

Estamos próximos da data das eleições e, infelizmente, a velha fórmula da política de aldeia continua firme e forte na disputa pelo governo de São Paulo, como se ofender e tentar desmoralizar os oponentes fosse a única maneira de se manifestar, o que apenas serve para o eleitor esclarecido se distanciar desses candidatos e dar preferência àqueles que realmente têm algo sério e aceitável a dizer. Mais uma eleição que poderia nos ajudar a fazer as mudanças urgentes das quais o Brasil necessita, mas, ao que parece, vamos ter mais do mesmo. Cargos importantes ocupados por pessoas sem nenhuma importância. Mas ainda podemos rezar, com a condição de rezarmos por nosso país, e não como muitos vêm fazendo, rezando por si mesmos.

Vera Bertolucci

veravailati@uol.com.br

São Paulo

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ESCORREGÃO

O deputado estadual Douglas Garcia, além de mal-educado por natureza, comete uma escorregadela pois não percebe que, ao agredir alguém, como fez com a jornalista Vera Magalhães após o debate entre candidatos ao governo de São Paulo desta terça-feira, 13/9, tira votos do seu candidato à Presidência. Nós, o povo, não somos bobos e condenamos esse tipo de atitude que consideramos como baixaria. Deputado? Representante do povo paulista? Coisa nenhuma!

Alvaro Salvi

alvarosalvi@hotmail.com

Santo André

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TRANSFOBIA

Mais um ataque machista e sexista do deputado bolsonarista Douglas Garcia contra a excelente jornalista Vera Magalhães. Lembremos que esse deputado é o mesmo que disse em plenária, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que "tiraria a tapa" transexual ou travesti que utilizasse o banheiro feminino em que estivesse sua mãe ou irmã.

Marcos Barbosa

micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

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FARMÁCIA POPULAR

Para rechear ainda mais os bolsos dos parlamentares na atual campanha eleitoral, Bolsonaro chegou ao ápice da maldade em relação à população já tão espoliada e sofrida do País, que em seu desgoverno caiu para a miséria sem parâmetro de não ter mais o que comer. Nem com animais se faz algo assim propositadamente. Isso não é um governante, é um inimigo extremamente maldoso com o seu próprio povo. O orçamento secreto provocou a redução no orçamento do programa Farmácia Popular para 2023 de 13 tipos de remédios usados no tratamento de doenças como diabetes, hipertensão arterial e asma, além de produtos como fraldas geriátricas (Estado, 14/9, B1). Essa criatura ainda tem 35% de intenção de votos para se reeleger. Fora todo o resto de destruição que ele vem promovendo desde que tomou posse na Presidência da República em 1.º de janeiro de 2019. É inacreditável. O Brasil será um país sequelado como nenhum outro nas próximas décadas graças a esse sujeito totalmente aloprado, como ele mesmo assume ser. Que estrago!

Jane Araújo 

janeandrade48@gmail.com

Brasília

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NO PAÍS DA DESMORALIZAÇÃO

Acompanho a política nacional há décadas, pois assisti ainda garoto às dificuldades que meus pais enfrentavam para abastecer a despensa da nossa casa durante a 2.ª Guerra Mundial. Em decorrência desse particular, comecei bem cedo a acompanhar a política nacional, desde o presidente Eurico Gaspar Dutra (1946-1951). Entre todos os percalços, contratempos e o período do governo militar, não me lembro de tanta avacalhação como de Bolsonaro. Entre elas, a mais absurda e indecente é o orçamento secreto. Trabalhei na Prefeitura e sei bem do rigor da legislação que temos que acatar para justificar os gastos das verbas públicas, exatamente por ser de propriedade da população. Jamais vi um funcionário dar um prejuízo ao erário, ainda que por engano, e não ter de pagar pelo dano que causou. Não dá para engolir essa esbórnia, criada por aqueles que nem foram eleitos para mudar a Carta Magna. O Legislativo é para legislar, não decidir para onde vai alguma determinada verba. Essa é a principal função do Executivo. O chamado Centrão foi longe demais desta vez. O Estadão publicou como o senador, que é ministro da Casa Civil, destinou tal verba para compra, a preço aviltado, de um caminhão de lixo compactador a uma pequena cidade do interior do Piauí cuja prefeitura não tem sequer condições de operar tal veículo, de cara manutenção e operação. E, agora, o Executivo vai tirar R$ 1,2 bilhão da Farmácia Popular para pagar esses absurdos? Já não bastam os 685 mil que morreram até agora, na pandemia, pela política do presidente?

Gilberto Pacini

benetazzogp38@gmail.com

São Paulo

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DIA DE FOLGA

Então o candidato a governador de São Paulo anuncia uma megaoperação para prender bandidos. Avisada, a malandragem vai tirar o dia de folga. É dessa forma que Rodrigo Garcia enfrenta o crime? Essa caçada tem de ser diária, sem tréguas aos bandidos. O bandido já sabe que entra por uma porta e sai por outra, pois a polícia prende e a Justiça solta. O problema deste país é a impunidade. Só Rodrigo Garcia não sabe. O que não se faz por votos?

Luciana Lins

lucianavlins@gmail.com

Campinas

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‘DAY AFTER’

Estamos vivendo dias de glória. Polícia atrás de bandidos, obras por todo lado, promessas de um Brasil cor-de-rosa. Assim como querem combater fake news, deveriam começar combatendo as mentiras contadas por candidatos. Até mudam a cor da pele por mais dinheiro do fundão. O povo tem péssimos exemplos vindos de cima. E depois essa gente quer respeito? No day after, o Brasil será outro a partir de 3 de outubro, e não se verá nenhum eleito preocupado com o País. A conferir.

Izabel Avallone

izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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BRASIL PARALÍTICO

Por que escolas e creches abandonadas no processo de construção? Por que estradas esburacadas e pontes prometidas não construídas? Por que milhões de brasileiros sem saneamento básico? Por que 50 milhões de pobres e 33 milhões com fome? Por que tanta desigualdade, tanta injustiça social e tanta incompetência? Porque somos uma nação mal-administrada por políticos incompetentes e corruptos. Porque nossas elites, reacionárias e estúpidas, fazem o que podem para que tudo permaneça como está: oligárquico, atrasado e injusto.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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BONS EXEMPLOS

O editorial O que se espera do Supremo (Estado, 14/9, A3) chama a atenção com muita oportunidade sobre as virtudes que se espera do nosso Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, o poder da última palavra exige, para sua necessária legitimidade, decisões muito bem coletivamente trabalhadas, e não entendimentos monocráticos expeditos. Os bons exemplos nesse sentido dados pela nova presidência do STF bem que poderiam ser seguidos.

José Elias Laier

joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

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SANGUE LEGALISTA

Ao ler o editorial O que se espera do Supremo, ferve o meu sangue legalista. Espero, não só do Supremo, mas de todas as instâncias da Justiça, do Executivo e do Legislativo, o mais absoluto cumprimento da Constituição e do ordenamento jurídico dela decorrente e por ela anexado como resíduos aproveitáveis de antigas legislações. E mais ainda: esse arcabouço legal também tem de ser respeitado por todos os cidadãos, desde o mais abastado e influente até o paupérrimo e menos significativo. Ou, como se diz no meio militar, desde o general (mais alto posto da hierarquia) até o segurança particular da esquina. Sem a rígida observância das leis, nenhum país consegue a estabilidade e o seu povo, consequentemente, vive mal e não reúne as condições para progredir. O Brasil de hoje vive uma perigosa desobediência civil e legal. Não só os criminosos são os transgressores, mas figuras de destaque e poder que inovam na interpretação dos textos legais em vigor e com isso torcem a interpretação para chegar aos seus objetivos, muitas vezes obscuros e até criminosos. Temos visto o ímpeto e a soberba levando a extremos senhoras e senhores detentores do poder que, por dever de ofício, conhecem aquilo que lhes é lícito e o que não é, mas nem sempre observam os limites. Carecemos de mais respeito à legislação e à sua estrutura. Se a Constituição não está adequada para o momento – apesar de já carregar mais de cem emendas –, que se proponha novas alterações ou até a convocação de uma nova constituinte. Mas, enquanto esse texto estiver em vigor, tem de ser integralmente cumprido. Interpretá-lo ao sabor dos interesses dos intérpretes ou de grupos a eles simpáticos é muito perigoso. Dizem que o brasileiro é pacífico, bonachão e até relaxado. Mas não é inteligente levá-lo a extremos de indignação. Ninguém pode prever a que nível chegará a repulsa se a vontade do povo restar frustrada e o cidadão sentir-se ameaçado. Pensem nisso e cuidem-se todos os que têm algum tipo de poder.

Dirceu Cardoso Gonçalves

aspomilpm@terra.com.br

São Paulo

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O STF DESEJADO

“Para enfrentar este momento crítico, o STF precisa de ministros discretos, técnicos e respeitosos com a colegialidade da Corte", diz o editorial O que se espera do Supremo. Não poderia ser melhor e mais precisa a apreciação. Assim deveria ser o STF diuturnamente, evitando o estrelismo de alguns ministros e as constantes manifestações, o que não se vê nas Supremas Cortes de outros países. Quem deseja respeito e consideração precisa agir sempre em consonância com as melhores práticas atinentes às respectivas profissões. Os mais antigos diziam: respeite e respeite-se se quiser ser respeitado. Nenhum brasileiro pensa de forma diversa do quanto expendido nas considerações do editorial em comento, porque é sóbrio, verdadeiro e sempre pertinente.

José Carlos de Carvalho Carneiro

carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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PERTUBAÇÃO

A maioria dos "momentos perturbadores", citados pela ministra Rosa Weber no discurso de posse da presidência do Supremo, são causados pelo STF quando julga assuntos políticos, esquecendo-se dos assuntos constitucionais.

Renato Maia

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

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APRENDIZADO

Estamos tendo aula sobre o risco que representa um Supremo Tribunal Federal aparelhado.

Ricardo C. Siqueira

ricardocsiqueira@lwmail.com.br

Niterói (RJ)

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BOATE KISS

O caso da boate Kiss é uma vergonha nacional, como é uma vergonha o Judiciário gaúcho. O julgamento sem qualquer justificativa levou nove anos para ser realizado e, agora, a segunda instância do Estado, acatando as simplórias filigranas jurídicas da defesa, anula o julgamento. Em qualquer país sério, diante de tal tragédia, o julgamento e a condenação ocorreriam em seis meses. E, ainda mais, os responsáveis pegariam pena de morte ou prisão perpétua. Aqui neste país, centenas de jovens foram assassinados e é uma luta para essa Justiça deplorável e vergonhosa do Rio Grande do Sul conseguir dar uma resposta à sociedade e às famílias. A Justiça gaúcha é com certeza a pior e a mais deprimente do País.

Paulo Alves

pauloroberto.s.alves@hotmail.com

Rio de Janeiro. 

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VIVA GODARD

Um minuto de silêncio em respeito ao genial e revolucionário cineasta suíço Jean-Luc Godard, recém-falecido aos 91 anos por suicídio assistido em seu país natal. Ele contribuiu de forma marcante e decisiva na revolução da linguagem da arte cinematográfica, como um dos criadores da nouvelle vague francesa na segunda metade dos anos 1950, ao lado de realizadores de grande talento, como François Truffaut, Jacques Demy e Claude Chabrol, entre outros. Recebeu merecidamente a Palma de Ouro honorária em Cannes, em 2018, um Urso de Ouro, um Leão de Ouro, um César especial pelo conjunto da obra e um prêmio honorário da Academia de Cinema de Hollywood. Sua extensa obra marcou de forma indelével a segunda metade do centenário do cinema, tendo influenciado o surgimento do cinema novo no Brasil pelas lentes de realizadores como Glauber Rocha, Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade e Paulo César Saraceni, entre outros. Desde o fim dos anos 1950, é inimaginável a evolução do cinema sem as provocações desse gênio que se despediu "cansado desta vida". Viva Godard!

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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