Ex-vereadora de Uberlândia Pâmela Volp e sua filha são denunciadas pelo MPMG por tentativa de latrocínio contra travesti - Pontal Emfoco

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou a ex-vereadora Pâmela Volp e a filha, Paula Volp, por uma tentativa de latrocínio ocorrida em 2018 em Uberlândia, contra uma travesti que veio de Catalão (GO). A pena pode chegar a 30 anos de prisão. A informação foi confirmada pelo promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao crime Organizado (Gaeco), Thiago Ferraz, durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (18) após a segunda fase da Operação “Libertas”, que combate associação criminosa ligada a exploração sexual de travestis e transexuais no Triângulo Mineiro e no estado de Santa Catarina.

Além da tentativa de latrocínio, o MPMG informou que acompanha outros cinco inquéritos policiais ligados ao grupo, sendo três deles homicídios. Também segundo o Gaeco, há a suspeita de um possível esquema relacionado ao envio de travestis para a Itália, que seria comandado por Pâmela Volp na cidade italiana de Monza. O MPMG também confirmou que as prisões de Pâmela Volp e Paula Volp passaram a ser preventivas, ou seja, sem prazo para serem soltas. Lamar Bionda, que foi detida junto com as duas durante a primeira fase da operação, foi liberada na quarta-feira (17). As três são suspeitas de chefiarem a organização criminosa.

Durante a segunda fase da Operação Libertass, deflagrada nesta quarta, mais dois mandados de prisão temporário, quatro mandados de busca e apreensão e três ordens judiciais de remoção e apreensão de veículos foram cumpridos em Uberlândia, Tupaciguara e Criciúma (SC). E no Rio Grande do Sul, mais uma pessoa foi detida nesta quinta-feira (18). Foi presa preventivamente uma travesti em Caxias do Sul (RS) após ser denunciada pelo MPMG pela tentativa de latrocínio em 2018, junto de Pâmela Volp e a filha, Paula Volp.

APREENSÃO DE PORSCHE

Mandados de busca foram cumpridos nesta segunda fase da Operação Libertas em um mausoléu da família de Pâmela Volp em Tupaciguara e em um apartamento na Praia Grande (SP), que seria também da ex-vereadora.

Entre os mandados de apreensão cumpridos durante a operação nesta semana estão o de um carro, de Pâmela Volp, avaliado em R$ 1 milhão. O Porsche, segundo a Polícia Militar (PM), assim como outros bens, teriam sido utilizados para lavagem de dinheiro do grupo. Um outro veículo, um SUV, também foi apreendido. E em um dos endereços alvo da medida judicial de busca e apreensão, situado na cidade de Criciúma, foi apreendido o montante em espécie de mais de R$ 58 mil.

SUSPEITA DE CRIMES

O MPMG informou que os crimes em apuração são de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo (artigos 288, 228, 229, 157, 129, 121, 146, 147, todos do Código Penal; assim como artigos 12 e 14 da Lei 10.826/2003).

Conforme o Gaeco, as investigações, que continuam em curso no Gaeco, demonstram a existência de uma associação criminosa, com base em Uberlândia, voltada a estabelecer o monopólio da exploração sexual de travestis e transsexuais na cidade e região, mediante a utilização de graves ameaças e lesões corporais graves contra quem tenta praticar a prostituição de forma independente do grupo criminoso.

De acordo com o MPMG, as investigações apontam que o consórcio criminoso explora uma grande rede de prostituição envolvendo travestis e transexuais em Uberlândia e região, bem como financia procedimentos estéticos realizados clandestinamente e de forma absolutamente ilegal. 

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