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Segundo pesquisa, quase todos os empreendedores LGBTQIAP+ abriram seus negócios sem apoio de instituições públicas ou privadas.

Encontro abre espaço para troca de experiências entre empreendedores LGBTQIAP+
Empreendedores brasileiros LGBT encontraram formas de receber ajuda em um evento dedicado exclusivamente a eles, em São Paulo.
Empreender e lutar todos os dias contra o preconceito. Em uma realidade que exclui o diferente, a Vicenta já conquistou seu espaço e treina quem está começando.
Já a professora de dança e maquiadora, Eva Pires, viveu por muitos anos com uma identidade que não era quem ela é. Para fazer a faculdade de administração, ela não se assumiu travesti. Quando fez isso, formada, os empregos sumiram.
Se os empregadores passaram ser o problema, ela virou a própria chefe. Empreender foi libertador.
Se o foco é ocupar espaços, por que não juntar em um hotel badalado de São Paulo muitas histórias como a da Eva, da Vicenta e a da Raquel em um evento para falar sobre os desafios e as conquistas de quem é LGBTQIAP+ e quer empreender.
Quase todos os empreendedores LGBTQIAP+, ouvidos em uma pesquisa feita em todo o país, disserem que abriram seus negócios sem nenhum apoio de instituições públicas ou privadas. Praticamente metade trabalha na informalidade e três em cada dez precisam pedir dinheiro emprestado com parentes ou amigos para se financiar. Mesmo assim, quase 88% desses empreendedores acreditam que o seu negócio já deu certo.
O encontro, em São Paulo, promoveu a troca de experiências entre empreendedores de sucesso e outros que ainda estão começando. E também mostrou que um dos caminhos para o aumento das vendas e para conseguir financiar um negócio pode estar mais perto do que se imagina. É o chamado pink money, um poder de compra da própria comunidade LGBTQIAP+.
O empreendedor Will da Afro, com certeza, está nesse grupo. Há cinco anos, criou uma marca com uma pegada afro-urbana na periferia de São Paulo. É lá que ele cria, que as vizinhas contratadas como costureiras fazem as peças e que fica a loja dele. Não foi fácil para um jovem negro, gay, da periferia se tornar empreendedor, mas ele garante que não faria nada diferente.
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