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06:00 BT
Francisco De Laurentiis e Vladimir Bianchini
Joey Barton jogou por cinco temporadas no Manchester City e teve carreira marcada por muitas confusões em clubes como Newcastle e Olympique de Marselha
Neste sábado, o Manchester City visita o arquirrival Manchester United, em Old Trafford, no superclássico válido pela 11ª rodada da Premier League.
Um dos jogadores mais emblemáticos dos Citizens na era pré-riqueza foi o volante Joey Barton. Revelado pela equipe celeste, ele jogou por cinco temporadas no clube, fez 153 partidas, marcou 17 gols e chegou até ser convocado pela seleção inglesa no período.
Manchester United x Manchester City tem transmissão ao vivo pela ESPN no Star+ neste sábado (6), às 9h30 (de Brasília)
Além do futebol consistente, Barton ficou mundialmente conhecido por seu temperamento explosivo e pelas muitas confusões que se meteu tanto dentro quanto fora de campo (principalmente com acusações de agressão e apostas ilegais).
Uma das mais famosas aconteceu em 2012, quando ele estava atuando pelo Queens Park Rangers e foi expulso em um jogo justamente contra o City, time que o revelou, ao acertar uma cotovelada maldosa no argentino Carlitos Tevez (veja no vídeo acima).
Não à toa, ele ganhou o "prêmio" de jogador mais violento da Premier League em enquete feita por um jornal inglês, em 2007, devido aos 39 cartões amarelos e 3 vermelhos que levou em seus cinco anos com a camisa dos Citizens.
Quem jogou com ele atesta que o ex-meio-campista é, de fato, maluco.
É o que conta o ex-zagueiro Cláudio Caçapa, que atuou com Barton na temporada 2007/08 no Newcastle, da Inglaterra, e atualmente é auxiliar-técnico do Lyon, da França.
Em entrevista ao ESPN.com.br, o ex-atleta de Atlético-MG, Cruzeiro e seleção brasileira surpreendeu ao relatar que Joey é "um cara tranquilo" na maior parte do tempo.
No entanto, Caçapa ressaltou que o inglês se transforma completamente quando está jogando e até mesmo treinando.
"Por incrível que pareça, o Barton é um cara tranquilo. Fora de campo, você pode conversar com ele um pouco de tudo, falar da vida, pois ele é muito inteligente. Mas, quando entra em campo, parece que fica cego e esquece de tudo", contou o ex-defensor.
"Com ele, não tem essa de 'meu amigo' na hora de jogar. Mesmo com a gente, nos treinamentos, era complicado. Ele brigou muito com os próprios companheiros de Newcastle nos treinos", relembrou.
"Com o Barton, não tem amigo ou parente dentro de campo. Ele fica cego. O problema dele é mesmo quando começa a jogar bola, porque fora do campo é um cara normal", complementou.
Segundo Caçapa, o volante não tinha qualquer medidor de intensidade nem mesmo em treinamentos recreativos.
"Até no bobinho dava briga com o Barton, porque ele dava carrinho com os dois pés altos, dava cotovelada...", relatou.
"Como a gente fala no Brasil, ele batia até na mãe dele se ela estivesse em campo (risos)", brincou.
Assim como no Manchester City, Joey Barton atuou cinco temporadas com a camisa do Newcastle antes de ir para o Queens Park Rangers, que defendeu por quatro anos.
Na reta final da problemática carreira, passou ainda por Olympique de Marselha, Burnley e Rangers antes de pendurar as chuteiras, em 2016/17.
Pouco depois de se aposentar, o ex-meio-campista deu início à sua carreira de treinador, ficando três anos no comando do pequeno Fleetwood Town na 3ª divisão inglesa.
Joey teve que deixar o clube em janeiro de 2021 justamente por ter se envolvido em uma confusão. Ele foi acusado de agressão contra o também técnico Daniel Stendel, que à época comandava o Barnsley - Stendel ficou até com um dente quebrado por causa da briga.
Apenas um mês depois de deixar o Fleetwood, Barton já acertou com um novo time, o Bristol Rovers, que está comandando até hoje.
Sua passagem pelos Rovers, para variar, já é marcada também por várias polêmicas. A última delas ocorreu em outubro, quando ele comparou o desempenho de seu time em uma derrota ao "Holocausto" da II Guerra Mundial. A frase pegou muito mal, e ele teve que pedir desculpas públicas.
Além do futebol profissional, Barton também é conhecido por ser figura muito ativa nas redes sociais, principalmente no Twitter.
No Brasil, ele ficou muito conhecido por já ter criticado o atacante Neymar inúmeras vezes, desde que ele ainda era jogador do Santos., o que lhe rendeu a alcunha de "inimigo nº 1" do brasileiro.
Entre os "elogios" feitos por Barton a Ney, aparecem comentários como "Justin Bieber do futebol", "bebê chorão" e "superestimado", além de dizer que o hoje astro do PSG "não poderia andar nem na mesma calçada" que nomes como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.
Mas Neymar não foi o único alvo das provocações do britânico nas redes sociais. Em 2013, quando ainda jogava pelo Olympique de Marselha, o ex-volante se envolveu em uma enorme confusão ao chamar o zagueiro Thiago Silva, então no PSG, de "transexual acima do peso" em seu Twitter.
As postagens renderam uma punição de dois jogos a Barton.