“É um afeto que eu não tive em casa”, diz mulher trans sobre apoio para retificação de nome e gênero em documentos - Razões Para Acreditar

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“Sempre que conheço alguém, eu mostro meu RG novo”, diz Christine Vaz, que foi designada do gênero masculino no nascimento, mas se identifica com o gênero feminino. Há poucos meses, Chris fez a retificação de nome e gênero nos documentos oficiais.

Mudança que, para ela, representou um renascimento. Para “renascer”, Chris, 22 anos, contou com toda ajuda e suporte da Casa Neon Cunha, ONG que oferece serviços de assistência à população LGBTQIA+ em São Bernardo do Campo e cidades vizinhas do ABC Paulista.

Chris pensou em fazer a retificação de nome e gênero assim que começou a sua transição: só não imaginava que aconteceria tão rápido. Quando a oportunidade surgiu, não perdeu tempo. Procurou o amigo e fundador da Casa Neon Cunha, Paulo Araújo, e iniciou o processo.

“É um afeto que eu não tive em casa”, diz mulher trans sobre apoio para retificação de nome e gênero em documentos 2Chris se reconhece como uma mulher trans/travesti. Foto: Christine Vaz/arquivo pessoal

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Apoio emocional no processo de retificação

Aos 17 anos, Chris decidiu sair da casa dos pais e ir morar com com alguns amigos, que, segundo ela, são a sua família. Pessoas que foram fundamentais durante esse período da sua vida.

“Acho importante pra toda travesti ou pessoa trans que quer fazer a retificação ter alguém que possa apoiar. Porque, caramba, não ter alguém ali pra dar uma palavra de conforto, é bem mais difícil. Eu citaria o próprio Paulo como uma das pessoas que me deram esse apoio emocional”, afirmou.

“É um afeto que eu não tive em casa”, diz mulher trans sobre apoio para retificação de nome e gênero em documentos 3Chris e Paulo, amigo e presidente da Casa Neon Cunha. Foto: Christine Vaz/arquivo pessoal

“Diria até que o Paulo é um pai pra mim. É um afeto que eu não tive em casa. O pai que eu não tive eu tenho no Paulo.”

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O toque que faltava

Hoje, Chris sente-se muito mais segura para utilizar equipamentos públicos, como banheiros, “sem que alguém questione a minha mulheridade e isso não tem preço. Se alguém questionar, eu posso falar, ‘sou a Christine.

Além do serviço de retificação de nome e gênero, a Casa Neon oferece cursos de capacitação e, em alguns casos, funciona como casa de passagem.

A ONG é uma das instituições apoiadas pelo projeto Toque Que Transforma, de NIVEA, que vem transformando vidas de pessoas esquecidas ou pouco lembradas.

“É um afeto que eu não tive em casa”, diz mulher trans sobre apoio para retificação de nome e gênero em documentos 4Oficina de manicure ofertada em parceria com NIVEA. Foto: Reprodução/Instagram @casaneoncunha

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A marca, em parceria com a ONG, ofereceu um curso de autonomia e autocuidado, incluindo oficina de manicure e atendimento psicológico, para população LGBTQIA+ em situação de rua.

“Muito mais do que essencial e necessário, é importante saber que as marcas têm essa preocupação. Saber que essas empresas têm esse toque pessoal, essa humanidade, de promover a dignidade dessas pessoas, é super importante. Acredito que são essas iniciativas que contribuem para um lugar melhor pra gente”, afirma o presidente da ONG.

Saiba mais sobre a ONG Casa Neon Cunha e apoie também clicando aqui.

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