Depois de desfiles mundo afora, Globo e Hollywood, Marcella Maia mira carreira musical - E! Online

3 years ago 1409
ARTICLE AD BOX

Marcella MaiaInstagram @mmaia

Antes de interpretar a Morte em Quanto Mais Vida Melhor, novela da TV Globo, Marcella Maia fez um tour completo pelo mundo artístico: modelo internacional, série da HBO, teatro musical e até cinema estrangeiro. Hoje, Maia continua se aperfeiçoando para ser uma artista completa, no entanto, está mirando outro caminho na arte: a música.

Há um ano, ela se lançou na carreira musical, com o single de trap-pop Pra Dá Dolce Bacana. Mas o primeiro contato com a música aconteceu bem antes disso, ainda na infância, quando começou a cantar com o coral da igreja, aos 11 anos. 

Depois de uma trajetória como modelo internacional e atriz, Maia encontrou na música um meio para desabafar. "Quando a gente encontra o nosso poder, a gente não se limita", contou ela, ao E! Online Brasil.

A música, para Marcella, significa autonomia. É a própria artista que compõe as letras, produz as canções e dirige os shows. "Achava que era uma coisa impossível, até realizar", afirmou.

A confiança vocal veio após o musical Roda Viva, em que Maia brilhou por três temporadas, no Sesc Pompeia, performando canções de Chico Buarque. Agora, a musa está pronta para se jogar no mercado internacional. Ela nos adiantou o que vem aí: no começo de 2022, sai o single Bota Pra Vazar, em parceria com Blaya, brasileira criada em Portugal — e compositora de Faz Gostoso, gravada por Anitta e Madonna. Vem hit!

O clipe, gravado no Teatro Oficina, foi dirigido pela própria Maia. "Eu consegui dirigir um clipe em um teatro legendário e tô levando isso pra fora, com um brega funk", contou. Dentre os sonhos para o futuro, está uma turnê internacional e o lançamento do álbum, no qual está trabalhando há 3 anos. Ela faz tudo!

A atriz brilhou em Mulher Maravilha, ao lado de Gal Gadot, e está com mais um projeto a espera. Nada disso foi por acaso, e sim devido a muito esforço, como relatou Maia. "Eu tremia quando eu ficava na frente de uma câmara. Hoje eu sou abusada porque eu sou boa, porque eu me tornei boa", disse ela, que estudou na New York Film Academy e com Fátima Toledo. "Não me contento mais com migalhas", afirmou. 

"Eu sou a minha própria produtora executiva, se não me dão o trabalho, eu faço o trabalho acontecer", disparou Maia, que confessou garimpar oportunidades nos meios que frequenta, abertos devido à moda.

"Não quero ser um sucesso repentino, venho construindo uma carreira com base. Não importa quanto tempo vai levar, eu sigo fazendo meu melhor e sem pressa", revelou.

Transfobia no Brasil

"Até quando? Passa ano entra ano são as mesmas questões. É como se não tivesse internet, informação", disparou Maia, sobre a transfobia e o preconceito que experimenta como mulher transsexual. A artista realizou a redesignação sexual há 11 anos, mas passou 7 anos vivendo uma vida normativa — só assumiu depois de Mulher Maravilha. "Eu renasci na Tailândia", declarou ela, sobre a transição.

"Eu não saí do Brasil por uma síndrome do vira-lata. Eu estava fugindo de tudo que eu passei aqui. O país que mais mata travesti e mais consome pornografia trans, não precisa ser um gênio para entender o ódio contra os nossos corpos", declarou.

A criminalização da transfobia e da homofobia, segundo ela, foi um grande avanço, mas ainda há muito a melhorar. "Esse governo só aflorou o que realmente é o Brasil. O Brasil é preconceituoso, racista. Não adianta mascarar com uma oportunidade ou outra. As pessoas estão morrendo por serem quem elas são", disparou.

Leia o artigo inteiro
LEFT SIDEBAR AD

Hidden in mobile, Best for skyscrapers.