Conheça Bárbara Britto e a representatividade na moda | Histórias Inspiradoras - E! Online

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Vivi Alves, Bárbara Britto, Histórias InspiradorasE!

Vivi Alves está de volta com mais um Histórias Inspiradoras. Depois de bater um papo pra lá de importante sobre o Outubro Rosa, Vivi entrevista a incrível Bárbara Britto sobre a identidade e representatividade na moda.

Bárbara é travesti negra, modelo e participante do Born to Fashion, do Canal E!, primeiro reality show com modelos transgêneros.

"Eu fui criada pela minha avó e não me entendia ainda como uma travesti; mas eu comecei a perceber que era diferente quando eu ganhava uma camiseta que a gente achava que fosse masculina", explica a top. "Eu comecei a gostar de um boy e minha avó perguntou. Eu vi ali uma oportunidade de se assumir como gay e falei que era verdade. E minha avó falou: 'Eu que te criei, eu que sei. Ninguém pode falar nada'."

Depois da morte da avó, Bárbara foi morar com o pai pastor e ainda não estava se "entendendo como um corpo travesti", mas que "não estava lutando como as outras pessoas gays".

Ela, então, conheceu a androgenia, mas ainda assim, devido à religião da família, tinha que andar como "um homem". "A família toda era evangélica e tinha toda uma construção do machismo. A minha avó não deixava nem eu varrer a casa, porque ela falava que era serviço de mulher."

Bárbara explica que veio para São Paulo a fim de seguir o sonho de ser modelo. "Existe o racismo estrutural, a transfobia estrutural e na moda tem tudo isso, inclusive a gordofobia", disse ela.

"No começo, achava que só me encaixava em serviços específicos, como a Bárbara, mulher trans, era o corpo de uma trans e o racismo, ir no casting e ter 20 meninas loiras e só você de preta."

A top, então, começou a ir no Projeto Periferia Inventando Moda, em Paraisópolis, "para aprender mais". Bárbara também encontrou apoio na Casa Florescer, na capital paulista.

"Apesar da melancolia que é estar em um centro de acolhida, antes de me mudar para São Paulo, eu não era muito engajada nessas questões de transfobia ou de racismo. Eu não sabia do tamanho disso. Quando eu vi que a maioria das meninas era travesti pretas, eu percebi que isso não era coincidência e, de certa forma, isso me ajudou a me respeitar mais."

A modelo falou que deu mais valor ao amor-próprio, ao autocuidado e do fazer por ela mesma, sem seguir para o caminho da prostituição e das ruas. Além disso, Bárbara abriu o jogo sobre seu namoro com um homem branco, cis e 22 anos mais velho que ela.

Assista ao vídeo e saiba o que ela falou sobre participar de Born to Fashion!

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