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Em 2021, a ONG Pela Vidda ajudou 76 pessoas a retificarem seus documentos no Rio. O mutirão é itinerante e há outras duas datas previstas para março.
Um mutirão foi feito nesta quarta-feira (16) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para mudar o nome civil de travestis e transexuais. E para garantir também direitos e dignidade.
A profissional de TI Laika Lima mora em Itaguaí e, nesta quarta, foi a Caxias para dar entrada no processo para tirar uma certidão de nascimento nova.
A iniciativa é do Transvida, projeto da ONG Pela Vidda, pioneira na defesa dos direitos LGBTQIA+ no Brasil.
No ano passado, a ONG ajudou 76 pessoas transexuais a retificarem seus documentos no Rio.
“As pessoas que não conseguem a retificação civil ficam num limbo jurídico e num limbo social, porque elas não conseguem ter o seu nome de fato assegurado, que é o nome no qual elas se reconhecem. Elas se reconhecem num gênero específico e no nome que segue esse gênero específico”, explica a presidente do grupo Pela Vidda, Maria Eduarda Aguiar da Silva.
O estagiário Yuri Pereira Amaral tem 20 anos e espera que o documento reforce a luta dele por respeito nos próximos 20.
“Eu desejo que a gente consiga cada vez mais o nosso espaço, ser mais respeitado e que as pessoas amadureçam porque é muito difícil passar por todo o preconceito que a gente passa todo dia”.
A rapper Júlia Frize diz que a iniciativa é uma forma de inclusão.
“Quero me tornar uma rapper transexual. Espero conseguir finalmente o meu reconhecimento porque eu sempre me achei excluída da sociedade”, diz Júlia.
O mutirão aconteceu no Centro de Cidadania LGBT de Caxias, do governo do estado.
“Eu me sinto no lugar delas porque eu também sou uma transexual e por ser uma trans eu entendo da importância de quando você chega no lugar e a pessoa lhe respeita, garante o seu direito. Isso é fundamental na vida de uma pessoa”, diz a coordenadora do centro, Sharlene Rosa.
Segundo o projeto Transvida, as novas certidões de nascimento das pessoas devem sair em até 90 dias. O mutirão é itinerante e há outras duas datas previstas para março.
Na quarta-feira que vem (23), a ação acontece em Mesquita, também na Baixada Fluminense, e no dia 31, em Maricá, na Região dos Lagos.
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