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Camille Cabral é médica e começou seu processo de transição de gênero em 1984: 'Eu escondia os peitos enfaixando com uma bandagem, e usava aquelas camisas bem folgadas. Era sempre o filho dela. Minha mãe é de uma geração que não sabe o que é transexualidade'.
Brasileira transexual que mora na França há 42 anos conta que ia como homem visitar pais
Camille Cabral é uma brasileira da Paraíba, mas vive há 42 anos em Paris. Transexual, ela iniciou sua transição de gênero em 1984, quatro anos após chegar à França, mas por muito tempo, ao visitar o Brasil, ela escondeu sua orientação sexual por causa dos pais.
O Profissão Repórter foi à Paris para conhecer a história de Camille e a associação que ela criou no começo da epidemia da Aids para assegurar os direitos da comunidade LGBTQIA+ no país, a PASTT. No local, ela e sua equipe oferecem vários serviços e atuam principalmente com a prevenção nos lugares de prostituição de rua.
"Aqui nos ajudam com tudo, qualquer coisa que possa nos acontecer. Com documentos, ajuda com a saúde. Estamos protegidas", afirma uma peruana, uma das muitas imigrantes que são atendidas.
Alexia, da Indonésia, que está na França há seis meses e tenta um pedido de asilo, é outra que busca auxílio na PASTT. Ela era cantora em programas de TV, mas decidiu deixar seu país ao sofrer um ataque na rua onde cortaram seu cabelo à força. Atualmente ela divide um porão com 3 amigos, onde paga um aluguel de 200 euros por mês. Na associação, ganha cesta básica e aulas de francês gratuitas duas vezes por semana.
Conheça mais sobre Camille e o trabalho de sua associação na França no vídeo acima.
Assista ao programa completo abaixo:
Edição de 28/06/2022 - Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
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