Atos pelo fim da violência contra as mulheres são realizados no Recife - G1

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De acordo com a secretaria de defesa social, foram registrados 74 feminicídios, entre janeiro e outubro. É um número 23% maior do que o registrado em todo o ano passado, quando 60 mulheres foram mortas.

Recife tem atos pelo fim da violência contra as mulheres

Recife tem atos pelo fim da violência contra as mulheres

O Recife foi palco de dois atos na tarde desta quarta-feira (25), Dia Internacional de Luta Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. O primeiro foi organizado pelo Levante Feminista contra o Feminicídio, que reuniu movimentos e organizações feministas da cidade (veja vídeo acima).

Na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, as manifestantes acenderam velas em vigília para homenagear as mulheres assassinadas este ano, no estado. Nos cartazes, havia o nome e idade das vítimas e o mês da morte.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social, foram registrados 74 feminicídios, entre janeiro e outubro.

É um número 23% maior do que o registrado em todo o ano passado, quando 60 mulheres foram mortas. Feminicídio é quando uma mulher é assassinada pela questão do gênero.

Nas mãos, as manifestantes seguraram girassóis para lembrar que, assim como as flores, as mulheres se voltam umas pras outras em busca de energia em momentos de escuridão.

"A gente quer reforçar a importância de políticas públicas de prevenção à violência contra as mulheres. A gente entende que as políticas para as mulheres não são só as políticas de punição. Nós queremos continuar vivas", destacou Bárbara Pereira, integrante do Forum de Mulheres de Pernambuco.

Na Praça do Diário, no bairro de Santo Antônio, as manifestantes acenderam velas em vigília às mulheres assassinadas este ano — Foto: Reprodução/TV Globo

As manifestantes seguram caminhada pela avenida Dantas Barreto em direção ao Palácio do Governo. Lá, aconteceu um ato da Rede Autônoma de Pessoas Trans e Travestis de Pernambuco.

Algumas pessoas pegaram microfone para relatar casos de transfobia e pedir medidas do governo para diminuir a violência contra essa população.

De acordo com a Rede, sete trans e travestis foram mortas entre janeiro e julho deste ano, no estado. A média costumava ser de quatro mortes por ano, segundo a rede.

"A gente entende que violência é a negação da saúde, a negação da educação, a negação da empregabilidade. A gente entende que a violência física, esse extermínio, é só um pedaço dessa violência", ressaltou a psicóloga Julia Bueno.

Durante um ato, representantes da rede entraram no palácio para entregar uma carta para pedir politicas públicas para população trans e travesti.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social, dos 74 inquéritos de feminicídio este ano, 69 foram concluídos e os suspeitos identificados pela polícia.

A SDS disse também que todos os crimes contra pessoas trans este ano foram resolvidos e os suspeitos foram presos.

Uma comissão com integrantes das duas manifestações foi recebida no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, por representantes da Secretaria Executiva de Direitos Humanos e Secretaria da Mulher.

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