Aluna trans agredida na Escola Galdino ainda não decidiu se voltará a estudar lá - O Diário de Mogi

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APÓS AGRESSÃO

Até que decida continuar na escola ou pedir transferência para outra unidade de ensino, ela pode seguir acompanhando as aulas via internet

Heitor Herruso

04/03/2022 às 17:54.

Atualizado em 04/03/2022 às 17:54

Caso de agressão contra aluna trans foi registrado na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco no último dia 9 de fevereiro (Arquivo)

Conforme decidido em reunião ocorrida na escola no último dia 14, com a presença da mãe da vítima, acompanhada de um advogado, da deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL) e de representantes do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva), do Fórum Mogiano LGBT, da Associação Sócio-Cultural Afrontarte e do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a Pasta “consultou a estudante e seus responsáveis sobre a permanência ou transferência de unidade escolar e aguarda uma posição”.

Até que uma decisão seja tomada, “a estudante e seus familiares foram orientados sobre a possibilidade, na ocasião da reunião e por e-mail, para seguir acompanhando as aulas via Centro de Mídias SP, acessível pela TV, celular ou computador, sem que houvesse prejuízo aos estudos e a estudante se sentisse acolhida para o seu efetivo retorno”.

Além disso, conforme O Diário já havia antecipado, “o Programa Conviva disponibilizou um psicólogo para o atendimento da estudante” e “a direção da escola também acionou o Conselho Tutelar para auxiliar no caso”.

Este jornal tentou contato com a família da jovem, para entender se ela de fato está fazendo tratamento psicológico e o caminho que deve escolher em relação aos estudos, mas não obteve retorno.

Na reunião citada acima, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo defendeu que os demais estudantes envolvidos no caso, sobretudo os agressores, também tivessem acesso a atendimento psicológico.

Em resposta, o Estado informa que “os Psicólogos da Educação, do Programa Conviva, seguem atendendo as demandas dos demais estudantes e da equipe de profissionais da E.E. Galdino Pinheiro Franco, com foco especial, neste momento e pontualmente, para aqueles alunos envolvidos no caso citado”.

Não fica claro, porém, se os agressores já estão sendo atendidos. A reportagem também perguntou quais medidas foram tomadas em relação à eles, mas não houve retorno, assim como não houve resposta sobre o questionamento acerca de medidas de prevenção à violência e transfobia realizadas na Escola Galdino Pinheiro Franco e em outras unidades da rede estadual.

Ainda à época da reunião, outra demanda levantada pela Apeoesp foi a divulgação de um “mapeamento” ao sobre os mais de mil alunos “que são mulheres ou homens trans” em todo o Estado. A reportagem de O Diário também perguntou sobre isso.

“Quanto ao mapeamento dos que usam nome social, a Seduc-SP informa que, em toda rede, até dezembro de 2021, havia 1.614 matrículas nesta condição, sendo 51 delas em escolas estaduais do Alto Tietê. A Pasta dará seguimento às ações para que seja feita uma escuta ativa das demandas e uma avaliação a respeito de como a rede está tratando e como pode melhorar o acolhimento e o cotidiano deste público dentro das escolas”, consta na nota encaminhada a este jornal.

 Na polícia

“O caso é investigado pelo 2º DP de Mogi das Cruzes, que realiza diligências para esclarecer todas as circunstâncias relativas aos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, escreveu a Pasta, em nota.

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