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O Blog da Turma da Coluna defende a diversidade, mas não esconde sua preferência pela democracia, pelo Rio, pelo samba, pelo Flamengo, pelas árvores, pelos bichos, pelo feijão com arroz e pela miscigenação - não necessariamente nesta ordem
Quem escreve
Ancelmo Gois
Ancelmo Gois é, modéstia à parte, sergipano de Frei Paulo, casado com Tina, pai de Antonio e Bia, avô de Bento, Carol, Francisco e Rosa. Gosta de carne de sol, carnaval, cuscuz de milho, livros biográficos e suco de umbu
Ana Cláudia Guimarães
Editora do blog, Ana Cláudia Guimarães, jornalista, trabalha com Ancelmo Gois desde que ele chegou ao jornal. Ganhou o Prêmio Tim Lopes com a reportagem Mulheres no Tráfico, ao lado do jornalista Eduardo Auler. Repórter em tempo integral
Diversidade
Por Ana Cláudia Guimarães
16/01/2022 12:30O Almanaque Carioca será lançado dia 20 agora com foco na diversidade: Cabaret Casanova foi referência na noite LGBTQIA+ | Divulgação
O Almanaque Carioca 2022 será lançado no dia 20, agora, dia de São Sebastião, padroeiro da Cidade do Rio, homenagenado a diversidade. O livro conta, por exemplo, que está prevista a instalação, no Rio, de novas placas em homenagem a pessoas como Madame Satã, ao jornal "Lampião da Esquina" e à "Casa Darling", antiga morada coletiva de pessoas trans.
A ideia é apresentar pessoas diversas, todas sendo retratadas sob o ângulo da inclusão, do acolhimento, da generosidade. É mostrar ao leitor a pluralidade cultural e comportamental do carioca e do povo que o cerca.
Uma curiosidade interessante que o almanaque destaca foi o lançamento, no dia 28 de junho de 2021 (Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+), do Patrimônio Cultural Carioca do Circuito da Diversidade. O roteiro é sinalizado por uma série de placas contendo nomes de lugares ou personalidades gays que marcaram espaços da cidade com suas atuações. O objetivo foi honrar o Rio como o título de cidade gay friendly.
O almanaque traz, como se sabe, dicas de vários passeios e cantinhos aconchegantes da cidade, assim como sugestões gastronômicas e espaços revitalizados em 2020 e 2021. Nessa edição, ainda em função da pandemia, o lançamento será por meio de uma campanha de marketing digital para elevar o moral dos moradores do Rio, através de links patrocinados e stories no Instagram (@almanaquecarioquice) e no Facebook, e também de matérias e artigos no site do guia (https://carioquice.insightnet.com.br/). Além disso, serão publicados vídeos com depoimentos de personagens citados na publicação.
O circuito abrange os seguintes espaços:
● Largo da Carioca. Ali funcionou a redação do jornal "A Pátria" (1920-1940), pertencente a João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, o João do Rio, cujo centenário se completou em 2021. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o maior cronista da cidade, que popularizou as reportagens de rua, era conhecido por transitar com desenvoltura tanto pelo basfond quanto pelos salões da alta sociedade.
● Cabaret Casanova (Avenida Mem de Sá, 25, Centro). Aberto em 1937 sob a designação de Viena Budapeste, depois rebatizado com o nome que o eternizou, foi referência na noite LGBTQIA+. Em especial, devido às apresentações de ícones drags, como Laura de Vison e Meime dos Brilhos. No Casanova, fechado nos anos 2000, o legendário Madame Satã, a primeira travesti artista do país, registrou suas últimas incursões na Lapa boêmia.
● Parque do Flamengo, altura da Rua Dois de Dezembro. Homenagem à criadora do Central Park brasileiro, Lota de Macedo Soares. Nos anos 60, durante o governo Lacerda, ela idealizou o monumental complexo de lazer de 1,2 milhão de m² – estendendo-se do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, ao início da Praia de Botafogo, na Zona Sul. A relação da arquiteta autodidata com a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop foi tema do filme “Flores raras”, de Bruno Barreto.
5ª edição do Almanaque Carioca, uma iniciativa do Instituto Cultural Cravo Albin (ICCA) e da Insight Comunicação.