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Alguém faz uma piada com um transexual e logo lhe é decretada uma fatwa – só não é pena de morte porque não podem.
Não é segredo para ninguém que as redes sociais são, muitas vezes, sinónimo de histerismo. As pessoas comovem-se e revoltam-se com o que está a dar e se são capazes de chorar de alegria com alguma coisa, também há quem seja capaz, com uma facilidade impressionante, de desejar a morte a quem pensa de maneira diferente. Poderá dizer-se que tudo não passa de ódio na nuvem que não tem efeitos práticos no quotidiano de cada um. Mas, infelizmente, não é bem assim.
Vejamos o novo politicamente correto que mais não é, no mínimo, do que uma forma de censura. Alguém faz uma piada com um transexual e logo lhe é decretada uma fatwa – só não é pena de morte porque não podem. Quem escreve um livro tem de ter todos os cuidados para não ser considerado racista ou xenófobo e por aí fora. Os casos mais recentes, a nível internacional e nacional, mostram-nos como temos de combater esses novos ditadores que, em nome de uma política de inclusão, nos querem censurar, despedir e sabe-se lá mais o quê.
Por isso, não sei por quanto mais tempo vou poder continuar a ver a minha série preferida da televisão: Family Guy, onde todos são gozados, não havendo vacas sagradas. É isso que é democracia. Goza-se com brancos, judeus, negros, amarelos, católicos, muçulmanos, gordos, deficientes, etc. Não há muito tempo um jornal satírico francês foi atacado e vários jornalistas foram mortos porque tinham feito uma brincadeira com Maomé. Ao ver o que estes novos ditadores querem impor, seja em Portugal ou no resto dos ditos países civilizados, fico horrorizado. Em nome de minorias querem obrigar-nos a escrever os nomes das pessoas com x e sei lá mais o quê, não podemos dizer mulher, mãe, etc. À conta desta ditadura, milhares de professores já foram despedidos nos EUA. Tradutores por não serem da cor do autor do livro são obrigados a pedir desculpa por terem pensado aceitar tal trabalho. Exemplos não faltam e temos de lutar contra estes fascistas do pensamento.
P. S. Não está em causa o direito que os transexuais têm de seguir as suas vidas como bem entendam. Quem quer mudar de sexo que o faça, quem se julga periquito que cante à vontade. Quem num dia é homem e no outro é mulher ou ao contrário, que faça o favor. Quem não se sente bem com o seu corpo, que faça tudo para se sentir melhor. Respeito tudo isso e lamento que a questão da homossexualidade ainda seja tema. Cada um que faça o que quiser que os outros não têm nada a ver com isso, desde que não sejamos obrigados a deixar de olhar para uma mulher como mulher, mas sim como pessoa que menstrua.